segunda-feira, 16 de abril de 2012

Reflexão sobre a música: Ciranda da Bailarina



Comentário sobre a letra…
Ao ouvirmos esta Ciranda, despretensiosa e de caráter infantil, o que em primeiro lugar mais nos salta aos ouvidos é a singularidade de sua personagem. A “Bailarina” a que a canção se refere é diferente, não é igual a ninguém. Não se assemelha à nenhuma pessoa de nossa realidade, homem ou mulher, menino ou menina…
Todos nós compartilhamos de algumas das coisas referidas em seu texto. Todo mundo teve, tem ou poderá vir a ter alguma delas, assim como tantas outras não mencionadas ali… menos a Bailarina. No entanto, esse “não ter” ao invés de desqualificá-la, produz efeito contrário e lhe confere um valor especial.
Todo mundo carrega alguma marca, sofreu algum incômodo, desajeito doença, dor, fraqueza… Ela, porém, é imune a tudo isto, protegida que se mostra, ao longo da história cantada na canção, das limitações da gente humana. Os fatos corriqueiros que nos impregnam, afetam e muitas vezes deixam seus traços ao longo de toda a vida, para ela não existem, nem nunca qualquer cicatriz lhe causaram.
Essa Bailarina única, ao mesmo tempo em que se apresenta fora do nosso mundo, parece também poder dançar dentro, de maneira sutil co-habitar, junto a tantos outros personagens do imaginário, o universo interior de cada indivíduo....
Carlos Kater.

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